domingo, 28 de agosto de 2016

Defendendo o impeachment pelos motivos certos


A esquerdalha diz que o impeachment da Dilma Rousseff foi um golpe, um acontecimento parecido com a queda de João Goulart em 1964. Colunistas de jornais e revistas de grande circulação no Brasil, que se dizem conservadores, dizem que não foi golpe, que 1964 e 2016 tiveram acontecimentos bem diferentes.

Nunca imaginei que um dia eu concordaria com a esquerdalha: a queda de Dilma Rousseff foi parecida com a queda de João Goulart sim. Mas a diferença fundamental é que a esquerdalha considera que ambos os acontecimentos foram péssimos, e eu considero que ambos os acontecimentos foram excelentes. Jair Bolsonaro foi uma das poucas vozes lúcidas no Congresso a reconhecer que a queda de Dilma Rousseff e de João Goulart foram acontecimentos parecidos.

Em ambos os casos, tratou-se de um ato de legítima defesa dos empresários contra governos populistas. Os empresários são quem gera emprego e renda, quem faz a economia andar. Portanto, existir um governo do qual os empresários não gostam faz o país andar para trás. Quem gera progresso são os empresários, e não os vagabundos que vivem de Bolsa Família. Se os vagabundos que vivem de Bolsa Família são maioria para eleger governos, não existe outra opção que não a de derrubar estes governos.

A esquerdalha diz que a verdadeira motivação do impeachment é implementar um programa que jamais passaria no teste das urnas, por não ter respaldo da maioria da população. Nisso a esquerdalha também diz a verdade. A diferença é que a esquerdalha acha isso ruim e eu acho ótimo implantar um programa que não tenha respaldo da maioria da população. A maioria do populacho só faz merda, decisões feitas pela maioria do populacho não têm como não ser decisões de merda.

É um pensamento extremamente bocó daqueles que se dizem conservadores defender o impeachment dizendo que “está na Constituição”. Um conservador de verdade jamais deveria utilizar a Constituição de 1988 como referência, porque aquela Constituição é social democrata defensora de vagabundo. O impeachment é uma solução aceitável porque por alguma grande sorte, existe a figura de Michel Temer, que pretende implementar o que os empresários necessitam, que consequentemente é o que o Brasil necessita, que pretende conduzir o país de acordo com os valores cristãos, ao contrário dos governos dos últimos 13 anos, que conduziam o país de acordo com marxismo cultural. Além disso, Michel Temer tem porte aristocrático e uma esposa que representa os bons costumes, que devem servir de referência moral para o Brasil. Mas se por acaso o vice de Dilma fosse algum delinquente do PT, do PCdoB ou de qualquer outra organização criminosa do Foro de São Paulo, o impeachment não seria uma solução aceitável. A solução neste caso deveria ser arrancar à força a chapa inteira e substituir por um oficial das Forças Armadas, organização guardiã da moral e das virtudes no Brasil.

Reinaldo Azevedo, que diz representar a direita, é extremamente bocó quando diz que a diferença entre esquerda e direita é que a direita defende o cumprimento das leis e a esquerda não. Se as leis são escritas por comunistas, cabe a qualquer cidadão de bem, ou de direita, que são sinônimos, descumprir estas leis. Reinaldo Azevedo também é extremamente bocó quando se diz conservador e defende a democracia. Qualquer conservador de verdade considera a democracia um regime político nefasto. Democracia é o regime político que faz os pobres pensarem que para melhorar de vida não precisa trabalhar, que basta votar em políticos que distribuem benesses. Quem conhece a obra de verdadeiros conservadores como Friedrich Hayek e Ludwig von Mises sabe o quanto democracia é uma bosta.

Por fim, o problema de Cuba e da Venezuela é que seus governos são ruins, e não que não há liberdade de expressão. Quem se diz conservador e fala que o problema desses países é a falta de liberdade de expressão não é conservador de verdade. A liberdade de expressão pode ser nefasta, ao permitir a técnica gramsciana de propagar o marxismo cultural. Bastou o macarthismo relaxar um pouco nos Estados Unidos que anos depois ascenderam figuras nefastas como Barack Obama, Hillary Clinton e Bernie Sanders. O período de maior crescimento do PIB no Brasil foi um período sem a nefasta liberdade de expressão. Arábia Saudita, Bahrein e Emirados são exemplos recentes de como a ausência da nefasta liberdade de expressão pode resultar em harmonia social e prosperidade econômica.

Portanto, o grande brasileiro que é Michel Temer faria muito bem em acabar com a Carta Capital, a Caros Amigos e a Fórum, e mandar prender toda a equipe do filme Aquarius.