domingo, 17 de novembro de 2013

Por que a Veja é melhor do que a Carta Capital

Publicado em agosto de 2006

Os leitores da revista Carta Capital costumam se achar superiores em relação aos leitores da Veja. Os primeiros seriam mais cultos, elegantes, chiques, inteligentes e refinados; os segundos seriam grosseiros, incultos e trogloditas. Mas uma comparação honesta e isenta de chavões esquerdistas entre as duas revistas e os dois perfis de leitores revela a infinita superioridade de qualidade da Veja e de nível moral de seus leitores.É verdade que os textos da Carta Capital são mais complexos e pretensamente mais profundos. Requerem um nível maior de erudição para seu entendimento. Mas isto é uma clara demonstração da grandeza moral dos leitores da Veja, oriundos da classe média decente, da classe que realmente trabalha neste país. O típico leitor da Veja é um pai de família honesto, sujeito muito ocupado, que labuta arduamente a semana toda para criar descentemente a mulher e os filhos, e no domingo, vai à Igreja, confessa e comunga, e além disso, dedica seu tempo à família. Portanto, não sobra tempo para leituras complexas, para a profunda reflexão de todos os assuntos. É por isso que os textos precisam ser mastigados e escritos de maneira simples, para serem compreendidos por pessoas trabalhadeiras e decentes. Isto serve de pretexto de chacota praticada por leitores da Carta Capital, que são pessoas fúteis e desocupadas, e portanto, possuem tempo de sobra para leituras complexas e fúteis. Os sete reais necessários para comprar a revista Veja provém do suor do trabalho honesto, em contrapartida, os sete reais necessários para comprar a revista Carta Capital provém da mesada do papai que lê Veja, ou do salário de professor universitário pago com o imposto suado pago por quem realmente trabalha.O fato dos textos da Carta Capital terem mais rococó do que os da Veja não indicam superioridade da primeira revista em relação à segunda. Uma revista, que de forma simplória e facilmente compreensível, defende idéias corretas, como a economia de mercado, que trouxe sempre progresso e liberdade, é infinitamente superior à uma revista que de forma rebuscada defende idéias erradas, como o comunismo, que matou cem milhões de pessoas no século passado. Possui muito mais qualidades morais a revista com colunistas de linguagem pouco rebuscada que dizem a verdade do que aquela co colunistas bem-pensantes que mentem de forma discarada. Tales Alvarenga pode não ser o maior exemplo de sofisticação intelectual, mas consegue passar com linguagem facilmente compreensível verdades arquievidentes como a de que a liberdade econômica é a forma mais eficiente de se criar riqueza e que esquerdistas não são pessoas bem intencionadas que se preocupam com o próximo, são é desocupados, nocivos e antidemocráticos. Luís Gonzaga Belluzzo é um sujeito erudito e possui conhecimentos em várias áreas, mas utiliza estas vantagens para o Mal. Escreve textos cheios de rococó com o objetivo único e exclusivo de defender idéias ultrapassadas como o desenvolvimentismo e a intervenção do Estado na economia, coisas que deveriam estar na lata de lixo da história. Utilizar-se de palavras rebuscadas para defender que o Estado sufoque a liberdade das pessoas não é prática do debate de idéias, é crime contra a boa fé das pessoas.A Veja é muitas vezes acusada de ser uma revista mentirosa, mas os verdadeiros mentirosos são os que fazem tal acusação. Não existem mentiras na revista, o que acontece às vezes é a necessidade de passar uma informação verdadeira de forma compreensível ao leitor típico, e para isso, deixar um pouco de lado o completo rigor científico. A reportagem sobre o referendo do desarmamento é um bom exemplo. Os bem-pensantes bradaram contra a Veja devido aquela ocasião em que a revista cumpriu sua obrigação de esclarecer ao público a importância de votar “Não” e evitar o desarmamento dos cidadãos de bem. Os intelectuais enrageé consideraram sensacionalismo o paralelo com desarmamento chinês de 1935, com o posterior genocídio praticado por Mao-Tsé Tung e o referendo atual. Ora, foi o jeito encontrado pela revista para fazer o cidadão de bem típico de classe média entender os problemas da arbritrariedade do Estado na vida das pessoas. Os intelctuais esquerdistas leitores da Carta Capital acusam a Veja de ser uma revista panfletária e intransigente, mas isto não é defeito, e sim qualidades da Veja. É preciso ser panfletário como forma de defesa às freqüentemes meios de desinformação utilizados por esquerdistas, e é preciso ser intransigente contra os inimigos da liberdade. Se não fosse a firme e valente atitude da revista em relação à tentativa de desarmamento, os cidadãos de bem já estariam indefesos e por isso, teriam suas casas facilmente invadidas por ladrões e por sem-terra.Os leitores bem-pensantes da Carta Capital se acham superiores aos leitores da Veja também devido à comparação das páginas culturais de cada revista. A Carta Capital costuma elogiar os filmes europeus cabeça pedantes repletos de cenas de viadagens, e a Veja prefere os filmes americanos cheios de vibração e de qualidade técnica . É mais uma prova da superioridade moral da Veja. Os filmes americanos exigem menos do cérebro do espectador, mas têm o mérito de defender de forma simples as idéias corretas, de que existe o Bem e o Mal, e o primeiro deve prevalecer sobre o segundo. Já os filmes europeus, usam a suposta qualidade de “filme cabeça” para defender o relativismo moral, a inversão de valores, o homossexualismo e a destruição das bases da civilização judaico-cristã. Não é à toa que os Estados Unidos são o que restam de descência neste mundo.Intelectuais enrageé ainda satirizam os testes “você é?” da Veja e também a seção Guia. Estas partes da revista existem porque seus leitores são disciplinados trabalhadores que não raramente alcançam o sucesso financeiro. Para desfrutar desta situação, é preciso saber um pouco de etiqueta, vestuários e vinhos. Como o leitor típico é muito atarefado e não tem tempo para conhecer detalhadamente o que é chique, a revista precisa explicar de forma mastigada como se comportar bem no mundo dos bem sucedidos. É por isso que a Veja é um verdadeiro mestre da classe média decente brasileira, a que trabalha e produz riqueza. Um guia político, cultural, comportamenteal e espiritual. Sem esse brilhante veículo de comunição, a classe média teria sido facilmente sucumbida pelo esquerdismo chique da revolução cultural gramsciana, e o país estaria à beira do caos.Portanto, leitor, não se iluda com o rococó da Carta Capital. A Veja é infinitamente superior. Muito mais importante dizer de forma simples e direta que “dois mais dois são quatro e quem discorda é baderneiro e delinqüente”, do que dizer que “segundo Marx, a adição de duas unidades a outras duas unidades proporciona um resultado final de cinco”.

Instituições em perigo

Publicado no Brasil de Flato em agosto de 2005

Dois fatos recentes mostram que o Brasil está muito mais parecido com uma ditadura comunista do que com uma democracia liberal capitalista.
O primeiro deles foi a prisão de Eliana Tranchesi, a proprietária da Daslu, sob pretexto de sonegação fiscal e contrabando. Trata-se de uma total inversão de valores deixar a máfia petista solta e a dona da loja presa, uma vez que a sonegação fiscal e o contrabando são ações legítimas em um país onde o Estado sufoca a iniciativa privada com toda essa burocracia e todos esses impostos. A única alternativa que resta ao empreendedor para sobreviver e continuar gerando trabalho e renda é reduzindo seus gastos com tributos. O Brasil que dá certo é somente aquele que opera à margem do Estado. Além de gigante e ineficiente, o Estado brasileiro é altamente corrupto. Só há duas maneiras de acabar com este mal. Uma delas é extinguir o PT, responsável por toda essa sem-vergonhice nacional. A outra é fazer passar menos dinheiro pela mão dos políticos. As duas propostas são na verdade uma só, porque eliminar os ideólogos do PT são os ideólogos do Estado hipertrofiado e opressor da iniciativa privada.Eliana Tranchesi contribuiu para reduzir a grave corrupção que assola o país, porque ao evitar pagar impostos, fez passar menos dinheiro pela mão dos políticos. Se a Daslu tivesse pagado o IPI, a verba seria utilizada para o pagamento do mensalão. Essa quantia economizada serviu para ampliar a loja, ou seja, foi uma opção que beneficiou os brasileiros.
A empresária e seus clientes vinham sendo alvo sistemático da ira anticapitalista presente no Brasil, não apenas porque o negócio era bem sucedido, mas também porque tinha como público alvo pessoas bem sucedidas, chamadas pejorativamente de “elite” ou de “alta burguesia. São pessoas que estão neste patamar porque trabalharam muito, ao contrário dos seus críticos desocupados, que incluem estudantes e jornalistas. É um dos princípios básicos da economia que a busca do consumo de luxo é o motor do crescimento da economia, porque ao desejarem ter carros, jóias e vestidos, os indivíduos criam negócios para produzir coisas que agradam aos consumidores e portanto, geram empregos e progresso, beneficiando a todos. Para induzir a prosperidade de uma Nação, o Estado deve principalmente apenas não atrapalhar este processo, seu papel deve ser o de manter a lei e a ordem e com isso criar um clima favorável para os negócios. O resto, a iniciativa privada cuida. Estes princípios são sagrados e tiveram início com Adam Smith no século XVIII, mas infelizmente, em pleno século XXI, grande parte do Brasil rejeita estes princípios. A elite acadêmica burra e ignorante prefere ler baboseiras como Marx, Keynes, Hobsbawn, Caio Prado Jr, Celso Furtado e João Manuel Cardoso de Mello e defender idiotices populistas como “justiça social” e “melhor distribuição de renda”. Esta é a explicação básica do nosso atraso.
A transição do Brasil de uma democracia liberal capitalista para uma ditadura comunista, ao contrário do que ocorreu na Rússia, na China e em Cuba, não é feita através de uma revolução armada e sim através da estratégia gramsciana de moldar gradativamente a opinião pública através do controle esquerdista da mídia, das escolas e das igrejas. Isto foi evidente no caso na prisão de Eliana Tranchesi. Muito antes do acontecimento, a revista Carta Capital, o principal meio de comunicação da estratégia gramsciana, já vinha lançando uma campanha de ódio contra a loja, cujo paralelo só podia ser traçado com a semana do ódio existente no 1984 de George Orwell. Não se pode esquecer também que a prisão da empresária foi feita pela Polícia Federal, controlada pelo governo Lula. É uma verdade arquievidente, que uma das motivações, além de punir a atividade capitalista, era prejudicar a imagem da filha de Lúcia Alckmin, filha do governador paulista, uma bem sucedida executiva da loja. Existe uma clara intenção de queimar a candidatura de qualquer potencial adversário do Lula. Não considero o PSDB um partido perfeito, ainda é meio atrelado ao socialismo fabiano, mas Geraldo Alckmin é um homem competente e tem potencial para resgatar os valores morais, abandonados pelo governo petista.O segundo acontecimento que evidencia a arquievidente ditadura comunista no Brasil é a proposta de financiamento público das campanhas eleitorais. Trata-se de mais uma tentativa da esquerda de acabar com qualquer obstáculo a tomada total do poder. Uma democracia só é compatível com as liberdades quando os mais afortunados podem compensar sua condição de minoria populacional em uma eleição através da possibilidade de financiar a campanha de candidatos mais esclarecidos, convencer os pobres de que quando os ricos ficam mais ricos os pobres também ficam mais ricos e portanto, evitar a vitória de candidatos populistas que oprimiriam a minoria rica, trabalhadora e esclarecida. Neste caso, o mercado anula as assimetrias geradas pelo processo democrático e a solução de equilíbrio é ótima para todos. Se o financiamento das campanhas fosse público, seria revelado o caráter totalitário da democracia. Aos homens de negócio bem sucedidos seria vetada a possibilidade de convencer o povo a votar nos candidatos que defendem as idéias corretas e o caminho estaria livre para o poder tirânico a ser exercido pelas massas indolentes e ignorantes, que invejosa do sucesso de poucos, escolheria ser governada por políticos socialistas que expropriariam a riqueza legítima de pessoas que se esforçaram. Casos de arbitrariedades como o da Daslu seriam multiplicados. Vamos a um exemplo prático: é muito menos pior esse PT atual comprometido com a bandalheira do que o PT fiel à sua ideologia original de extinção do capitalismo e da liberdade. Com a necessidade de obtenção de financiamento privado para as campanhas, o PT viu-se forçado a captar recursos de empresários e com isso, foi obrigado a ceder um pouco em relação à sua doutrina, aceitando a manutenção das instituições e da normalidade econômica. Se o financiamento fosse público, o PT teria de dar satisfações apenas às massas ignorantes, e dessa forma, estaria livre para transformar o Brasil em uma imensa Cuba, como sempre sonhou desde sua fundação.
É por causa desses dois sinais, inspeção arbitrária na Daslu e financiamento público de campanha, que os empresários brasileiros devem tentar obter um habeas corpus preventivo ou caso nem isso seja possível, devido ao avançado grau de dilaceração das nossas instituições, devem fugir para a Miami se quiserem se sentir seguros. Além de enfrentarem pesada carga tributária, burocracia e trabalhadores com muitos direitos e poucos deveres, ainda têm de agüentar essa onde de perseguição anticapitalista.

O ônus do populismo acadêmico

Publicado em março de 2004

O Instituto de Economia da Unicamp é um ônus para o Brasil. Aliás, todas as universidades públicas são um ônus para o país. Brasileiros que trabalham são obrigados a pagar mais caro pelo palito de fósforo que consomem para sustentar professores e alunos ociosos. Mas os economistas heterodoxos de Campinas são os mais nocivos porque são sustentados por dinheiro público somente para abalar a confiança dos mercados no Brasil. Os investidores estrangeiros sabem que economistas com idéias malucas podem ser nomeados a qualquer hora para altos cargos no governos. Estas pessoas defendem idéias obsoletas como o déficit público e a interferência do Estado nos negócios. Isto não passa de populismo com retoques acadêmicos. Por causa do prestígio social que nossos políticos e meios de comunicação dão a esses demagogos universitários, os investidores atribuem um risco maior a colocar seu dinheiro no Brasil, e para fazer isso, cobram taxas de juros maiores. E a alta nos juros contribui para emperrar a economia do país. Além de tudo isso, os alternativos heterodoxos são cínicos a ponto de criticar as altas taxas de juro, reclamando apenas do efeito, desconsiderando o fato de que a simples existência deles é a verdadeira causa. Trata-se de uma verdadeira inversão de valores.
A solução para este problema é fechar o IE da Unicamp. Ou então modificar completamente os seus métodos. A maioria de seus professores deveriam ter o diploma cassado. Alguns docentes de outras faculdades que também defendem o populismo acadêmico deveriam ter o mesmo fim, como por exemplo a Maria da Conceição Tavares. Ela deveria ser impedida de dar aulas. O ensino de idéias estapafúrdias afetam os investimentos de longo prazo. Os capitalistas estrangeiros não querem colocar seu dinheiro em um país onde alunos expostos ao populismo acadêmico podem no futuro exercer cargos importantes. Um país que ainda não atingiu o completo estágio de desenvolvimento não pode se dar ao luxo de ter “diversidade de idéias”. Seus centros de ensino de Economia devem ser semelhantes para haver um padrão comum de qualidade, e os cursos devem ter como objetivo a formação de profissionais competentes para o mercado. A Economia deve ser vista como um assunto técnico, sem a inclusão de temas de maconheiro como por exemplo, História e Filosofia. Marx deveria ser ignorado uma vez que sua obra não é sobre Economia e sim sobre incitação ao ódio e ao terror. Além disso, as faculdades deveriam ser financiadas com capital privado. São um ônus para o Brasil os acadêmicos que recebem dinheiro público para discutir temas enfadonhos e irrelevantes como a passagem da Idade Média para a Modernidade. A pesquisa também é um luxo desnecessário para o Brasil, uma vez que atrapalha a função principal das academias. As universidades de países em desenvolvimento devem dedicar-se exclusivamente ao ensino.
O que torna o Instituto de Economia da Unicamp ainda mais nocivo é o fato de muitos de seus docentes admirarem John Maynard Keynes. Este desgraçado não fez mais do que inventar uma forma mais dissimulada de socialismo. Alguns dizem que o socialismo keynesiano é mais moderado, mas somente o fato de ser socialismo já é suficiente para tirar as liberdades do homem. Uma das aplicações práticas do pensamento de Keynes foi o New Deal do Roosevelt, que foi um fracasso e só fez prolongar ainda mais a depressão americana. É normal porém que um instituto localizado em uma cidade de boiolas tenha simpatia por um economista boiola.