A
maior evidência do estado de letargia em que se encontra o pensamento
conservador nos dias atuais é a presença de articulistas tido como
conservadores escrevendo que Hugo Chávez, Maduro, Evo Morales, Rafael Correa,
Cristina Kischner, Lula e Dilma são ameaças à democracia. Ao escreverem isso,
estão inferindo que ser leal à democracia é algo digno de aplausos. Não é.
Qualquer um que leu um mínimo da longa tradição do pensamento conservador,
passando por Aristóteles e chegando a Hayek, sabe dos males que a democracia
causa. O verdadeiro conservador abomina a democracia.
Hugo Chávez, Maduro, Evo Morales,
Rafael Correa, Cristina Kischner, Lula e Dilma são o típico produto que uma
democracia pode oferecer: um sistema corrompido em que um povo corrompido elege
líderes corrompidos. Em uma democracia, a maioria pervertida e indolente
utiliza o sistema eleitoral para extrair renda da minoria decente e laboriosa.
A democracia restringe a liberdade, a liberdade de trabalhar, investir,
empreender e fazer o que bem entender com o próprio dinheiro. Não é à toa que
países como Brasil, Chile, Espanha, Portugal, África do Sul e Coreia do Sul têm
carga tributária muito maior hoje, quando têm sistemas políticos democráticos,
do que tinham nos anos setenta, quando não tinham esses pervertidos sistemas. E
foram os regimes não democráticos que fizeram esses países prosperarem.
A “defesa da democracia” pode ter
sido um mal necessário para os conservadores durante a Guerra Fria, quando
havia a ameaça de algo ainda pior que a democracia: o comunismo. Os países
comunistas eram ruins porque tinham um sistema econômico fadado ao fracasso, e
não porque não tinham liberdade de atividade política e liberdade de expressão.
Quem conhece um mínimo de história sabe que a consequência das liberdades
políticas é quase sempre um sistema econômico cada vez mais parecido com o
comunismo. Não foi por outra razão que Franco e Pinochet tiveram que jogar a
democracia no vaso sanitário e dar descarga para colocarem seus países no
caminho da prosperidade. E a China de hoje tem a economia que mais cresce no
mundo porque é comunista só de nome, pois tem um sistema econômico que valoriza
a livre empresa e um sistema político blindado às perversidades da democracia.
Quando se fala que há violação da
liberdade de imprensa em Cuba e na Venezuela, o que deve ser criticado é o fato
de haver restrição à circulação de ideias boas, como a defesa do livre mercado
e da propriedade privada. Liberdade de imprensa não deve ser defendido como
algo abstrato, para qualquer ideia. Liberdade de imprensa irrestrita favorece o
marxismo cultural. É por causa da liberdade de imprensa que existe difusão da perversão
moral e sexual, defesa de direitos humanos para bandido e o chororô contra a “má
qualidade da escola pública e do posto de saúde público”, o que é uma inversão
de valores, pois nisto está implícito que os indolentes que recebem educação e
saúde de graça do governo devem desfrutar da mesma qualidade daquela que é oferecida
para quem trabalha e guarda dinheiro para pagar por estes serviços.
Os falsos conservadores que “defendem
a liberdade de imprensa” passaram por uma situação complicada quando em 2009,
finalmente houve em um país latino-americano, Honduras, pessoas sérias que
resolveram pôr fim à baderna que ocorria no continente. Para isso, obviamente
tiveram que sufocar os órgãos de imprensa saudosistas do desastroso governo
deposto. E nesse caso, ficar do lado da liberdade de imprensa foi ficar do lado
dos arruaceiros. Liberdade de imprensa no Brasil deveria existir apenas para
jornais, revistas e sites que defendem ideias minimamente decentes. Revistas
como Caros Amigos, Carta Capital e Fórum, que difundem um rol enorme de ideias
tortas e pervertidas, deveriam ser fechadas, assim como ocorreu com o jornal
Última Hora.
Dizer que ex-terroristas como Dilma
Roussef e Franklin Martins “não estavam lutando pela democracia e sim por outro
tipo de ditadura” é uma crítica fútil e estéril. Se eles estavam lutando pela
democracia, eles já estavam fazendo um grande mal ao país. No Brasil dos
militares, a economia crescia, as pessoas andavam nas ruas com segurança e as
pessoas trabalhadoras e ordeiras tinham todas as liberdades. No Brasil do PT, a
economia está estagnada, a roubalheira corre solta pelo governo, os bandidos,
cheios de direitos humanos, tomam conta do país, os vagabundos são sustentados
pelo dinheiro dos que trabalham e as escolas ensinam comportamentos sexuais
pervertidos em cartilhas sobre sexo. A economia do Brasil democrático pode ser
um pouco menos ruim do que a de Cuba, mas mesmo em Cuba, existe um mínimo de
noção de ordem, patriotismo e respeito à autoridade, algo que não existe mais
no Brasil há muito tempo.
Muitos podem perguntar: mas e os
Estados Unidos? Não são um país próspero, decente, e mesmo assim, democrático?
Em primeiro lugar, os Estados Unidos têm um povo com mais valores morais, por isso,
o país pode prosperar apesar da democracia. Em segundo lugar, os Estados Unidos
sempre tiveram preocupação em limitar a abrangência da democracia, para que
esta não destruísse o país. Sempre houve o cuidado para que o sufrágio não
fosse muito universal. Somente a partir de 1965 os Estados Unidos tiveram um
sufrágio quase universal, e desde então, vêm passando por um processo de
decadência cultural e moral, o que inclui a difusão do pacifismo, do feminismo,
do abortismo, do gayzismo, do ambientalismo e do politicamente correto. Ainda
bem que este sufrágio não é 100% universal até os dias de hoje, e isto evitou
que ex-detentos na Flórida elegessem Al Gore em 2000 e que este prosseguisse
com a política de assalto ao bolso do contribuinte decente.
Por ironia da história, o melhor
partido dos Estados Unidos no século XIX era o partido que tinha o pior nome,
pois era o Partido Democrático. Seu adversário, o Partido Republicano, teve como
o primeiro presidente o ateu, pederasta e socialista Abraham Lincoln. Mas o
nome ruim permitiu que o Partido Democrático fosse tomado por socialistas como
Roosevelt e Truman, e, com isso, o Partido Republicano tornou-se o mais
decente.
E para encerrar, mais uma vez o
recado: quem se diz conservador e fala de democracia como se fosse algo bom é
retardado mental e tem que ir tomar no cu.
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