sexta-feira, 3 de março de 2017

Hitler era de esquerda ou de direita? Esclarecendo a questão...

Um debate muito presente na Internet recentemente é sobre se Hitler era de esquerda ou de direita. Muitos jovens conservadores estão confusos sobre este tema, e é necessário que eles sejam esclarecidos. Devemos exaltar as virtudes destes jovens que resistiram à doutrinação marxista presente nas escolas, mas ainda assim devemos reconhecer que nestes jovens conservadores há ainda algumas demonstrações de ingenuidade e algumas lacunas de conhecimento que precisam ser corrigidas.

Muitos jovens conservadores defendem na Internet a ideia de que Hitler era de esquerda. Estão certos aqueles que defendem que Hitler era de esquerda, mas não estão certos aqueles que realmente acreditam que Hitler era de esquerda. O problema é que aparentemente alguns jovens conservadores realmente acreditam que Hitler era de esquerda. Por isso, essa confusão precisa ser desfeita.

Hitler era de direita. E por isso o Terceiro Reich tinha muitas virtudes. Hitler livrou a maior potência econômica da Europa da praga do comunismo. Tratou o comunistas que infestavam a Alemanha da forma com a qual eles devem ser tratados: igual as baratas que infestam nossas casas. Desceu o porrete nos sindicalistas e fez a economia funcionar. Entre 1933 e 1939, a Alemanha de Hitler teve um desempenho econômico muito melhor do que os Estados Unidos de Roosevelt, que praticavam o New Deal, inspirado na social democracia. Alguns críticos que se dizem conservadores reclamam do excesso de intervenção estatal. Mas a não intervenção estatal e o predomínio da iniciativa privada sobre o Estado, embora devemos defendê-los, não são fins em si. Mesmo conservadores precisam reconhecer que, às vezes, a intervenção estatal é necessária. Exemplos disso são os militares brasileiros, que quando estavam no poder geraram o período de maior prosperidade na história do Brasil. E também o Donald Trump atualmente, que em menos de um mês já mostrou ser o melhor presidente da história dos Estados Unidos. A intervenção estatal é boa quando ajuda os empresários, e ruim quando ajuda os vagabundos, que é uma prática típica da social democracia. E mesmo tendo algumas práticas intervencionistas, os nazistas não desprezavam a iniciativa privada. Realizaram algumas privatizações. E, além disso, foram pioneiros no aproveitamento de mão de obra de presidiários para empresas privadas, algo que vem sendo feito com muito sucesso nos Estados Unidos atualmente. No Terceiro Reich havia ordem, trabalho, disciplina, valorização da família e respeito à autoridade, valores muito importantes para qualquer um que se considere conservador. Estes valores, até mesmo o marxismo cultural que tolera a empresa privada quer destruir. A Alemanha atual, mesmo tendo uma economia capitalista, virou uma sociedade degenerada, repleta de imigrantes e de festas de música eletrônica com abundância de substâncias alucinógenas, virou um país com mulheres que têm tão poucas crianças que não conseguem nem manter a população.

Além disso, a Alemanha nazista foi o único país que teve coragem de tentar aniquilar a União Soviética. Posteriormente, os Estados Unidos, com muito maior poder bélico do que a Alemanha, foram cagalhões e nunca tentaram enfrentar a União Soviética. E antes dos nazistas enfrentarem a União Soviética, eles bravamente ajudaram o grande Generalíssimo Franco a expulsar os comunistas da Espanha e iniciar um período de paz e prosperidade do qual os espanhóis se beneficiam até hoje. Os comunistas já dominavam o extremo leste da Europa. Sem a bravura da Legião Condor, estariam dominando o extremo oeste também. Alguns auto denominados conservadores que dizem que Hitler era de esquerda gostam de lembrar que seu partido se chamava "socialista". Mas isto não é relevante. Algumas conjunturas exigem alguns nomes para partidos. O Brasil atual tem honradas lideranças no Partido Popular Socialista e no Partido Socialista Brasileiro, lideranças estas que ajudaram colocar o PT para fora do poder e que estão apoiando agora a reformas que o Brasil tanto precisa.

Mas por que então é necessário dizer que Hitler era de esquerda? Porque defender o legado positivo do nazismo tornou-se um suicídio político no mundo atual. Isto ocorreu em parte porque os nazistas realmente exageraram durante a guerra e fizeram muitas coisas erradas. Mas principalmente por causa da grande propaganda feita por marxistas da Escola de Frankfurt, exilados nos Estados Unidos, e também por cineastas marxistas de Hollywood. Eles foram fiéis seguidores da estratégia gramsciana de doutrinação comunista através da ocupação de espaços na academia, na mídia e nas artes. Gramsci foi preso no tempo de Mussolini, líder que teve muitas realizações positivas. mas cometeu o grave erro de permitir que os escritos do pensador comunista deixassem a prisão. Por causa de toda essa propaganda gramsciana, o nazismo passou a ser visto como a personificação do mal. Passou a ser arma política da esquerda bater no conservadorismo relacionando-o com o nazismo. Aí, para se defender disso, os conservadores tiveram que adotar um necessário pragmatismo: selecionar alguns fatos para construir a ideia de que Hitler era de esquerda. A afirmativa de que "Hitler era de esquerda" não é verdadeira, mas é um mal necessário para proteger uma afirmativa verdadeira, de que valores conservadores são necessários para uma sociedade ser saudável.

Não é a única vez em que os conservadores precisaram ser pragmáticos. Em outras situações, também foi necessário ceder os anéis para não ceder os dedos. Por exemplo, qualquer bom conservador sabe que a Reforma Protestante marcou o início da degeneração moral, cultural e espiritual do Ocidente, abrindo caminho para o iluminismo e consequentemente para o comunismo. Mas por causa da mencionada estratégia gramsciana, os comunistas conseguiram se infiltrar na Igreja Católica através da Teologia da Libertação. Desta forma, tornou-se necessário defender protestantes que estão firmes na luta contra o comunismo e nos seus anexos, como o feminismo e o gayzismo. Há protestantes que estão lutando com muito mais vigor do que os católicos contra todas as aberrações esquerdistas. Outro exemplo trata-se de um país que tem muitos protestantes: os Estados Unidos da América. O bom conservador não deve ter tanta devoção aos Estados Unidos por ser este o país criado por uma revolução ocorrida no século XVIII, revolução esta que defendeu o iluminismo, o secularismo e a democracia, ou seja, revolução que contribuiu em grande parte para a decadência da civilização. Ainda assim, durante o mundo bipolar que existia entre 1945 e 1991, entre o polo liderado pelos Estados Unidos e o polo liderado pela União Soviética, os conservadores tiveram que escolher os Estados Unidos, por ser este o mal menor. Mas, como mencionado anteriormente, diferente do Terceiro Reich, os Estados Unidos foram covardes e não tentaram destruir a União Soviética.

Resumindo: os conservadores atuais devem sim defender publicamente que Hitler era de esquerda, porque Hitler é visto como o mal absoluto, é injusta mas irreversível a percepção de que ele é o mal absoluto, portanto, qualquer orientação ideológica associada com o ex-chanceler da Alemanha fica em desvantagem no debate público. A grande verdade de que o conservadorismo é o caminho mais saudável para qualquer sociedade precisa ser protegida por pequenas distorções da realidade. Mas os conservadores atuais não devem acreditar com convicção que Hitler era de esquerda. Isto porque Hitler era de direita e fez algumas coisas que merecem aprovação. Quem sabe em um futuro, a percepção de que Hitler era o mal absoluto pode ser revista e não seja mais necessário falar que ele era de esquerda.



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